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sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

BRASIL NAIF - Brasilindio

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Brasil celeiro dos pintores naifs. A diversidade da sua fauna e flora, o colorido do seu rico folclore e tradições, fazem do Brasil um dos países que mais expande a arte naif.

A riqueza da cultura brasileira, resultado da miscigenação de etinias indígenas, europeias e africanas, influenciaram as diferentes formas de expressão – as danças, festas religiosas e rituais, temática marcante nas telas dos naifs brasileiros, que mostram um Brasil de cores quentes e vibrantes de um país tropical.

Nos transportam a rituais religiosos, lendas indígenas e festas populares, dentre estas, o carnaval
e futebol paixões dos brasileiros. Também retratam fatos históricos como a nossa saudosa artista Aparecida Azedo, autora da maior tela naif do mundo , 25 metros de pura arte, que se encontra no Museu Internacional de Arte Naif - MIAN, no Cosme Velho.

Os temas urbanos, o cotidiano da vida no campo e a floresta amazônica, também são temas marcantes em suas telas.
Os naifs são em geral autodidatas e parecem ter uma formação ecológica. São eternos sonhadores, pintam a natureza em todo seu esplendor criando um mundo que transcende a nossa imaginação, repleto de criatividade.

Deixo aqui um manifesto dos artistas naifs ás autoridades, empresários e a todos que lutam em prol da cultura do nosso país, no sentido de que, encontrem uma solução que possibilite a reabertura do maior e mais completo museu do mundo em acervo de arte naif. São oito mil obras de mil e quinhentos artistas, de mais de 130 paises, desde o século XV até os dias de hoje, sufocadas em um casarão aos pés do Cristo Redentor, que gritam por socorro.

Milhares de turistas chegam ao Brasil a procura de conhecer este celeiro abandonado pelas autoridades brasileiras. Isto é uma VERGONHA !!!!!!!!!!!!!!
O Museu Internacional de Arte Naif do Brasil, através dos seus inúmeros projetos culturais, sempre levou o nome do Brasil á diversos países como em 1994, no Encontro de Culturas em Frankfurt na Alemanha, com a expoaição "Naifs Brasileiros de Hoje". No Museé Olympique de Lausanne na Suiça em 2001, com a exposição "Joue avec les couleurs" Le sport á travers les yeux des naifs brésiliens. Na Broward Center- Flórida - USA em 2003, "Paixões de criança". Na França, Haiti, Blatislava e até nos salões da ONU, já foram divulgadas as obras dos artistas naifs brasileiros.

Nos artistas naifs temos os pincéis de Deus em nossas mãos, que nos inspiram e são testemunhos da nossa sensibilidade, luta e amor a cultura e a arte brasileira.
A arte não morre com o artista, e sim com o pais que deixa de amá-la.

Berenic

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

ESTÉTICA TAMBÉM É ARTE

Na última Terça Feira em noite de autógrafo, na Livraria Letras e Expressões, o cirurgião plástico João Magalhães, recebeu jornalistas, amigos e famosos, em coquetel de lançamento do seu terceiro livro. Estética é o primeiro de uma série de mais seis volumes, que trata de assuntos referentes ao corpo, face, mamas, cabelos e a hidrozonoterapia. O primeiro volume além de outros temas, é voltado para prevenção do envelhecimento precoce. Também ressalta o que está nos bastidores da indústria cosmética, mostrando os dois lados dos milagrosos cosméticos .

O Dr João Magalhães, além de outros títulos, é conferencista e especialista em Cirurgia Plástica pela Associação Médica Brasileira e Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica - Serviço Prof. Ivo Pitanguy . É também Diretor Técinco e Chefe do Serviço de Cirurgia Plástica da Clínica Medical Plástica no Rio de Janeiro.

Segundo o Dr. João Magalhães, é essencial o acompanhamento de um bom profissional, mas a beleza do ser humano, não está nas clínicas de estética, nos cremes milagrosos, nem nas cirurgias plásticas, ela vem de dentro para fora, é um reflexo do ser interior .

As mulheres especialmente, sentem-se confiantes e esperam que o Dr. João Magalhães, continue restaurando e realçando a beleza da mulher Brasileira.







quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Heri Rousseau

Henri Julien Felix Rousseau, chamado o douanier (algo como guarda aduaneiro), nasceu em 1844, na cidade francesa de Laval, e morreu em Paris, em 1910, de uma grangena mal curada na perna.

Aqui começa o mito Rousseau. Ele nunca foi guarda alfandegário, mas um modesto empregado no Octroi (barreira) pequena construção nas portas de Paris, onde ficavam três ou quatro funcionários, encarregados de verificar os veículos que transportavam vinho, leite, sal, cereais e petróleo de iluminação.

Homem do povo, simples e autodidata. Rousseau encontrou sozinho o seu caminho artístico. E tornou-se um dos maiores pintores da história contemporânea, verdadeira glória nacional, autentico personagem de lenda.

No começo, com exceção de alguns pintores, poucos perceberam a importância que a arte do século XX iria atribuir-lhe. Sem reconhecimento com freqüência foi ridicularizado. Por outro lado teve uma consagração fulgurante.

Apena duas décadas após a sua morte, suas telas valiam fortunas e muitas delas, reconhecidas como autênticas obras primas, entraram na coleção dos maiores museus do mundo. A encantadora de serpentes, por exemplo, está no Louvre desde 1930.

Robert Delaunay reconheceu imediatamente o grande valor de Rousseau e já assinalava:
“Rousseau instala-se ao lado dos mestres que anunciaram a arte moderna e, ás vezes, domina-os por sua grande fé, sua ingenuidade e seu sentido de estilo”.

Apesar do desdem de certos críticos, ele logo ganhou admiração e foi defendido por pintores como Odilon Redon, Pissarro, Matisse, Signac e toda geração de grandes artistas de vanguarda que os seguiram

Rousseau trabalhava e em 1893,conseguiu a antecipação da sua aposentadoria para se dedicar inteiramente a pintura. Ao menos uma vez por ano, durante o Salão dos Independentes, onde começou a expor em 1886, poderia ser visto ao lado dos futuros grandes nomes da pintura moderna.

A influência exercida por Rousseau na arte do século XX, e a contribuição que sua pintura truxe, abrindo novos horizontes aos grandes pintores do modernismo foi comparada e exercidas por seus contemporâneos da geração pos-impressionista.

Picasso, por exemplo, desde 1908 buscando certas idéias em Rousseau, mostrou os primeiros vestígios dessa influência em sua arte. A pujança natural dos retratos de Rousseau tinha impressionado sobremaneira Picasso, que declarou:”A primeira obra do douanier que tive a oportunidade de adquirir, nasceu em mim com um poder obsessivo. Disse ainda que era “um dos mais verídicos retratos psicológicos franceses.” E nunca se separou desse quadro. Afirmou também que “o velho Rouseau era um colorista genial”.

O pintor Henri Rousseau pintou folhagens de verdes admiráveis, espaços verdes onde se divertem leões, macacos, tigres, que se igualam as mais belas tapeçarias antigas.

A plena sinceridade de Rousseau, que pelos mais puros meios sensíveis está em contato com o amor intenso pela vida, atinge um equilíbrio sensível que parece feito de facilidade e de felicidade. Essa arte sai das profundezas da alma.

Heri Rousseau abriu a via a novas possibilidades da simplicidade. Para nós esse aspecto do seu talento tão diversificado é atualmente o mais importante.

Genial e ajudado por um conjuntura artística favorável, Rousseau se tornou o primeiro pintor naïf a sair do anonimato para subir os mais altos degraus da consagração.
Seguindo de perto o caminho aberto por ele, a arte naïf literalmente explodiu. Tal como uma semente muito tempo impedida de germinar, ela cresceu vestiginosamente e se tornou um gigantesco carvalho com ramificações múltiplas e infinita.

Estraido do livro Brasil Naif, Tesmunho e Patrimônio da Humanidade
Autor: Lucien Finkelstein

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

CRIAÇÃO - lenda indígena carajá



Durante a criação do mundo, magníficos foram os trabalhos de Kananciué, o Criador. Ele fez a Terra do nada. De árida que era tornou-a fértil, derramando cabaças com água sobre as montanhas. Depois, criou os cabelos da Terra pintando a vegetação, as flores e as florestas. Encheu de frutos as árvores e criou os animais, dotando-os de alma que se comunicavam entre elas.
Certo dia, querendo viver fora d’água, os peixes aruanãs pediram a Kananciué que os transformassem em outra espécie. O Criador respondeu dizendo que a vida na terra era curta e enganosa e que agindo assim eles deixariam de ser eternos. Mas os peixes insistiram de querer viver na terra. Kananciué resolveu então transformá-los nos seres mais inteligentes e alegres que habitam a Terra, os seres humanos