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quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Bienal de São Paulo é o único evento artístico brasileiro que faz parte do calendário internacional.





Caros amigos,Envio-lhes a carta aberta que Caciporé Torres, Conselheiro da Academia - Latino Americana de Arte e um dos maiores nomes das artes plásticas brasileiras, redigiu para protestar contra a fórmula espúria com que está sendo realizada a próxima Bienal de São Paulo.A Academia endossa "ipsis literis" as premissas afirmativas do embasado conteúdo do texto.Sem mais, nossas saudações acadêmicas


Fabio Porchat





Caros amigos,

As véperas da abertura da Bienal, resolvi tornar pública a carta que enviei ao presidende e aos diretores da Fundação Bienal no início deste ano, em repudio ao projeto do curador Ivo Mesquita de apresentar a Bienal Vazia. Infelizmente não deram atenção nem a mim, nem a todas as vozes esclarecidas que se manisfestaram contra o projeto.

Caciporé


São Paulo, 1 de fevereiro de 2008


Eu, como único artista brasileiro vivo que participou da I Bienal Internacional de São Paulo, sinto-me no dever de manifestar meu total repúdio ao projeto do Sr. Ivo Mesquita para a próxima Bienal. Devo o início de minha bem sucedida carreira artística a esta instituição, pois aos 16 anos enviei trabalhos, que não só foram aceitos como também premiados: recebi o prêmio Viagem à Europa, que me proporcionou dois anos de estudo na França e na Itália. Tornei-me assim um artista respeitado ainda muito jovem e, depois participei de outras seis Bienais, tendo sido premiado outra três vezes; participei também das Bienais de Veneza e Paris. Fui também júri indicado pelos artistas, antes que a Bienal de São Paulo extinguisse as premiações. Por ter minha carreira associada a Bienal, tenho sido procurado por artistas mais jovens que gostariam de ter as mesmas oportunidades que a Bienal me ofereceu e se sentem indignados com a idéia do curador Ivo Mesquita que pretende apresentar os salões da 28º Bienal Internacional de São Paulo completamente vazios.

De fato, se tal idéia for colocada em prática, fecha-se uma rara oportunidade de exposição de uma produção artística de excelente qualidade, ansiosa por uma oportunidade para ser exibida ao público. Perde também o público, a arte internacional e a credibilidade do país. Afinal a Bienal de São Paulo é o único evento artístico brasileiro que faz parte do calendário internacional. Creio que as centenas de críticos, artistas e jornalistas estrangeiros que visitam o Brasil a cada edição da Bienal se sentirão ofendidos ao encontrar os salões da Bienal vazios.

Na época em que comecei, a Bienal, criada por iniciativa do memorável Ciccillo Matarazzo, funcionava como um grande salão aberto a todos os artistas que desejassem inscrever seus trabalhos. Os trabalhos eram então selecionados por um júri, e após a abertura da exposição, ocorriam as premiações concedidas por um júri de celebridades internacionais, como: Herbert Read, Pierre Restany, Jorge Romero Brest, Jacques Lassaigne, René d'Harnoncourt, e Marco Valsecchi, além dos brasileiros Lourival Gomes Machado, Sérgio Milliet, Mario Pedrosa e Santa Rosa. A produção internacional chegava ao Brasil graças às articulações intermediadas pela diplomacia brasileira. Desse modo, pela primeira vez no Brasil, o melhor da arte brasileira era apresentado juntamente com o melhor da arte internacional, possibilitando um riquíssimo intercambio de idéias e informações. Recordando o nível das primeiras Bienais, artistas como Picasso, Braque, Léger, Henry Moore, Chedwrick, Giacometti, Max Bill, Roger Chastell, Mondrian, Paul Klee, Calder, De Konning, Morandi, Munch, Torres Garcia, além dos brasileiros Aldemir Martins, Mario Cravo, Bruno Giorgi, Danilo di Prete, Brecheret, Volpi, Di Cavalcanti, Livio Abramo, Antonio Bandeiras, entre tantos outros, não menos importantes.

Pode-se dizer que a Bienal brasileira formou não só artistas como também o público e uma geração de críticos, curadores e historiadores ligados à arte. Lembro-me, que da turma de monitores da qual fui professor saíram Aracy Amaral e Luiz Munari. Infelizmente, como parece ser o caso do senhor Ivo Mesquita, nem todos aqueles jovens que se iniciavam nas artes nos salões da Bienal, assimilaram às idéias daquele período de grande efervescência.

A Bienal entrou em decadência em 1990, a partir de uma mudança na sua organização quando, a diretoria demitiu a Comissão de Arte, que era um conselho formado por artistas, críticos e historiadores, cuja função era formular a política cultural, e fazer por vezes a própria curadoria. Desde então vimos ascender a figura do "curador" com poder demasiado amplo e vontade de se destacar mais que os artistas expositores.

Apesar do evidente esgotamento deste modelo, a Fundação Bienal decidiu por mantê-lo, e o que se prenuncia é a morte da Bienal. Uma morte sem enterro nem glórias, uma morte no vazio, vazio este que só pode expressar o vazio de idéias do curador Ivo Mesquita. Dizem que o problema real é a falta de tempo e recursos para se fazer a exposição, o que reflete a administração arbitraria a que esta submetido o nosso maior evento artístico. Qualquer profissional com um mínimo de conhecimento, seriedade e competência, poderia com facilidade preencher os amplos espaços da Bienal com o melhor da arte brasileira e internacional em tempo hábil. Quanto a questão da falta de recursos, é de se estranhar que isso ocorra, uma vez que a Bienal tem atraído, não obstante a má qualidade de suas ultimas apresentações, vultuosos patrocínios. Além disso a Fundação Bienal aluga seus espaços durante todo ano para eventos comerciais de calibres diversos como a Fashion Week, e Feira de Material Escolar. O destino final destes recursos é desconhecido, porque apesar de toda esta receita, o prédio da Bienal encontra-se em lamentável estado de conservação.

A minha sugestão é que se volte ao modelo original de organização da Bienal e que o projeto do Sr. Ivo Mesquita seja cancelado.


Caciporé Torres

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Gala do Prêmio Top Qualidade São Paulo – FALASP







Circolo Italiano, em São Paulo:

Na última quinta-feira, aconteceu em São Paulo, no salão nobre do tradicional Circolo Italiano a primeira solenidade de entrega pública do Prêmio Top Qualidade São Paulo - FALASP em festividade cívica e jantar de gala promovido pelo Instituto Cultural da Fraternidade Universal, em parceira com a Inster Master Agentes Associados. Na área cultural os premiados foram Adryana Ribeiro, cantora e compositora; Edith Veiga, cantora conhecida como a “Rainha dos Boleros”; Ricardo Massaini, promotor cultural, jornalista e publicitário; Mariana Amaral, da DUO COMUNICAÇÃO; Sílvia Bruno Securato, escritora e editora; Maria Emília Genovesi, escritora e assessora literária; Monica Rosenberg, escritora e empresária, Elizabeth Silberstein, escritora e tradutora; Jaia Nascimento, artista plástica pernanbucana residente em Brasília; Coral LINCE, de Santa Catarina e, entre outros, Raimundo Nonato promotor de eventos em Taubaté e colunista social há 27 anos da rede de Jornais Associados do Vale do Paraíba. As instituições premiadas foram ASUG – Associação de Usuários Sap do Brasil e a Fazenda da Aeronáutica de Pirassununga – FAYS, que completa 60 anos de fundação. Entre as empresas premiadas estavam VB ASSESSORIA E CONSULTORIA EMPRESARIAL LTDA, dirigida pelo comendador Varli Bastos, do Rio de Janeiro; GIGLIO S/A Indústria e Comércio, de São Bernardo do Campo; Right Support, dirigida pelo comendador Orlando Fogaça de Almeida Filho e a Clínica de Terapia Holística, do comendador Dr. Eduardo Alves dos Reis.

Na ocasião a Revista CARAS pelos seus quinze anos de atuação recebeu a Premiação “SPECIAL COMPANY REWARD”, que foi conferida pela Diretoria do Instituto Cultural da fraternidade Universal, por indicação da FALASP – Federação das Academias de Letras e Artes do Estado de São Paulo. Durante o evento a Companhia Sandrinha Sargentelli se apresentou com suas mulatas, passistas e sambistas mais a participação de Cleyton Rodrigues violinista internacional e do renomado pianista Carlos Bonani.

Legendas das fotos:

Momentos da homenagem à Revista CARAS (Premiação “SPECIAL COMPANY REWARD”): Comendador Varli Bastos, da FALASP / RJ, produtor cultural Ricardo Massaini, escritora Maria Emília Genovesi, conde Thiago de Menezes, editora Silvia Bruno Securato e comendador grã cruz Valdeci Augusto de Oliveira


Lucimara Parisi - Programa Domingão do Faustão REDE GLOBO - recebe homenagem da FALASP das mãos do conde Thiago de Menezes, presidente da entidade, do comendador Varli Bastos, da FALASP RJ e do comendador grã cruz Valdeci Augusto de Oliveira, presidente do ICFU


Nádia Bacchi, da ONG Florescer e mãe da artiz Karina Bacchi e do cantor Alexandre Bacchi - recebe homenagem da FALASP das mãos do conde Thiago de Menezes, presidente da entidade e dos comendadores Varli Bastos e Valdeci Augusto de Oliveira

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