AS VÍDEOS-INSTALAÇÕES DE BILL LUNDBERG
Estacionamento: no shopping (acesso pela Rua Figueiredo de Magalhães, nº598) Entrada: gratuita e faixa etária livre.
O norte-americano Bill Lundberg é internacionalmente reconhecido como um dos pioneiros na arte da vídeo-instalação em artes plásticas. Esta é a primeira vez que expõe em uma galeria comercial brasileira, apresentando duas video-instalações. Antes, seu trabalho teve apresentação relâmpago na Funarte e na Galeria Cândido Portinari da UERJ.
Agora, quando o carioca terá a oportunidade de apreciar sua obra por tempo mais prolongado, mostra uma vídeo-instalação totalmente filmada no Rio de Janeiro e outra intitulada “Moldura”. Vale conferir!Veja o que diz Guy Brett, crítico de arte inglês que ajudou adeslanchar as carreiras de Lígia Clark e Hélio Oiticica lá fora: "Bill Lundberg desenvolveu uma forma de "filme-escultura" nos anos '70, antes mesmo que tal tipo de arte fosse convenientemente nomeada e situada. Ele toma a qualidade espectral da projeção do cinema escurecido e transfere-a para 'lugares concretos', evidenciando a contradição entre o real e o ilusório...".Lundberg, que é casado com a também artista plástica brasileira Regina Vater, integra os aspectos formais da pintura, da arte da performance e do cinema, para tratar da condição humana, explorando por meio de técnicas experimentais, temas como o isolamento, a vulnerabilidade e as relações interpessoais.Comentado a obra filmada no Rio, Guy Brett acrescenta: "Bill faz uma das mais eficazes alusões à multidão humana no interior de um espaço artístico, usando um fragmento do espaço filmado. A projeção ocorre numa tela em plano inclinado, produzindo um curto lance de degraus, onde pessoas, filmadas de cima, sobem e descem: algumas lentamente e cansadas; outras rapidamente, sem começo nem fim. Tudo que ouvimos é o som de seus passos".
Sobre “Moldura”, feita nos anos 70 em super-8 e agora digitalizada, quem explica é o próprio Lundberg: "É uma obra simples, que contém uma complexidade, pois é a respeito do presente e do passado; sobre o que a arte já foi e é hoje em dia. Se baseia no desejo secreto dos artistas durante muitos séculos de arte, que sempre foi o de impregnar com vida a imagem enquadrada". Usando um chafariz como sujeito, essa vídeo-instalação é também uma metáfora para o ato de projetar: projeção de água em confronto com a projeção de imagem.
A obra de Bill Lundberg influenciou artistas como Bill Viola, Tony Oursler e Gary Hill. A extensa carreira de exposições internacionais de Lundberg tem sido objeto de vários prêmios. Em 1981, mereceu a Bolsa da Fundação Guggenheim. Em meados dos anos 80, por quatro anos consecutivos, o próprio artista integrou o júri que concede essa Bolsa, junto com a famosa crítica de cinema norte-americana Pauline Kael eo conhecido documentarista George Stone. E seus desenhos dos planos para os trabalhos de instalação fazem parte da coleção do Museu Guggenheim de Nova York. Lundberg é professor titular da Studio Art Division do Departamento de Arte e História da Arte da Universidade do Texas, além de Fundador do Programa de Transmídia. Ex-aluno da Universidade de Berkeley, Califórnia, o artista também participou da "Art/Video Confrontation", uma das primeiras mostras de vídeo-arte, realizada no Museu de Arte Moderna de Paris, e expôs no ICA de Londres.
Nos últimos 30 anos, seus filmes e vídeos-instalação foram exibidos em mostras coletivas nos EUA e na Europa, dentre elas as da Bienal deWitney, da Galeria Stadtisch-Lenbachhaus, de Munique; de “A Escolha dos Crí- ticos", em Dallas, no Texas; e da "Além da Academia", na Arthouse, em Austin, Texas, em 2003. Dentre suas numerosas exposições individuais, vale destacar: Whitney Museum, P.S.1 e Galeria John Gibson, NY; Instituto de Artes Carnegie Mellon, Detroit; Museu de Arte Contemporânea de São Paulo; ArtPace, de San Antonio, Texas; Espace Lyonnais d'Art Contemporain de Lyon, França e Galeria Otis-Parsons, de Los Angeles.
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