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quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Vitória Régia

Às margens do grande rio Amazonas vivia uma tribo de índios. Nessa tribo, as cunhãs cantavam e sonhavam os seus lindos sonhos de menina moça. Ficavam horas admirando a beleza da lua e o brilho das estrelas. Um dia, Neca-neca, a cunhã mais sonhadora da tribo, subiu a mais alta árvore a fim de alcançar a lua, mas não conseguiu. Acreditava que, tocando nas estrelas, se transformaria em uma delas. Resolve, então, subir o mais alto monte com as suas companheiras. Ao atingir o topo das montanhas, perceberam que a lua e as estrelas continuavam intocáveis, tristonhas, e, sem esperança, voltaram para as suas malocas. Era noite de lua cheia e a lua se mostrava grande e bela. Neca-neca alegrou-se e veio banhar-se nas águas do lago. Quando ela viu a lua branca refletida ali, jogou-se sobre as águas e desapareceu. A lua apiedou-se da cunhã e transformou-a na mais bela e grande flor, a vitória-régia, cujo perfume é inebriante.

VITÓRIA RÉGIA
Acrílica sobre tela
100 X 60 cm

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